Fósseis encontrados na Patagônia revelam um ecossistema antigo vibrante e um dinossauro até então desconhecido.
Um sítio fóssil sem precedentes foi descoberto no norte da Patagônia, trazendo à luz um antigo ecossistema repleto de vida e dinossauro até então desconhecido.
Em uma pedreira próxima à cidade de General Roca, na Argentina, paleontólogos encontraram 432 fósseis pertencentes a mais de cem grupos de animais. A área, que há 78 milhões de anos abrigava lagos cercados por dunas de areia e palmeiras, preservou restos de tartarugas, crocodilos, peixes e dinossauros.
Entre os achados mais surpreendentes, estão restos mortais de caracóis terrestres tropicais, como os primeiros registros da família Neocyclotidae e do gênero Leptinaria. A grande estrela da descoberta, no entanto, é Chadititan calvoi, um titanossauro herbívoro que viveu no final do período Cretáceo.
Esse conjunto diverso de fósseis torna o local um dos mais importantes sítios fósseis da região e oferece novas pistas sobre a fauna pré-histórica do Hemisfério Sul.
Segundo Diego Pol, paleontólogo do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, a descoberta, publicada na Revista del Museo Argentino de Ciencias Naturales, amplia o conhecimento sobre os ecossistemas do final da era dos dinossauros.
O local provavelmente era um oásis em meio a um ambiente árido. No Cretáceo, as temperaturas eram de 5 a 10°C mais altas do que hoje, tornando as regiões tropicais inóspitas para muitas espécies. Assim, áreas com lagos entre dunas de areia concentravam biodiversidade, funcionando como polos de vida em um mundo mais quente.
Fonte: Olhar Digital