Iniciativa criada pelos alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto, o PaleoClube está aberto a participação de interessados no tema.
Se você é fascinado por dinossauros e fósseis, o PaleoClube da USP Ribeirão Preto pode ser o lugar ideal para aprofundar seu interesse na paleontologia. Criado por alunos do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, o grupo tem como objetivo divulgar e debater temas dessa área da ciência.
Os encontros acontecem quinzenalmente e contam com palestras ministradas por voluntários sobre diversas curiosidades e descobertas da paleontologia. Entre os vários temas já abordaram estão: Os ictiossauros e a complexidade da irreversibilidade evolutiva; Como as plantas sobreviveram à extinção do Cretáceo-Paleógeno; Herrerasauria; A Biogeografia da América do Sul; e Os monstros marinhos no final do Cretáceo.
O PaleoClube surgiu em 2022, quando dois alunos do curso de Ciências Biológicas perceberam que a disciplina de paleontologia era oferecida apenas no final do terceiro ano do curso, que tem duração de cinco anos. A professora Annie Schmaltz Hsiou, coordenadora do projeto, explica que “muitas pessoas adoram dinossauros desde crianças e levam essa paixão até a idade adulta, mas não necessariamente tornam-se pesquisadores nessa área, e ainda assim querem continuar discutindo e debatendo sobre os novos achados”.
Ela acrescenta que, por essa razão, “os alunos criaram esses encontros onde podem debater temas emergentes da paleontologia. Ao mesmo tempo, acabaram valorizando o que é produzido na ciência brasileira sobre paleontologia”. Além disso, as atividades do clube ajudam a divulgar as descobertas do Laboratório de Paleontologia (Paleolab) da FFCLRP, “fomentando a divulgação daquilo que é feito dentro da própria instituição”.
Mas o PaleoClube não se resume a palestras. Como conta um dos fundadores, Jorge Gabriel Leonelo Pazini, o grupo também promove gincanas e atividades especiais ao fim de cada semestre, como quizzes e caças ao tesouro, tornando a experiência mais dinâmica e interativa. Esses eventos são chamados pelos membros do clube de “eventos de extinção”. Além disso, em novembro de 2024, o PaleoClube realizou sua primeira viagem, levando seus integrantes ao Museu de Paleontologia de Monte Alto, cidade da região de Ribeirão Preto famosa pelos fósseis de dinossauros.
E as atividades do grupo não param por aí. Para 2025, o objetivo é expandir ainda mais suas ações, ultrapassando os limites da universidade. “Estamos planejando também atividades em escolas, como palestras e alguns minicursos, para tentar levar o interesse pela paleontologia para fora da universidade, buscando um contato melhor com a sociedade”, destaca Pazini.